a espera

" hoje senti-me uma estranha ao pé de ti, tentava puxar por ti mas simplesmente não davas continuidade à conversa, mesmo quando te chamei para junto de mim... talvez o teu cansaço tenha ajudado tal como o barulho que estava mas mesmo assim quando ficou um vazio entre nós, ficaste no teu lugar, naquela distância não só física como emocional

não sei porque é que me importei com isto hoje, na maioria dos outros dias não tem sido muito diferente... não é novidade nem para mim nem para ti...

talvez esteja demasiado sensível, talvez disser-te isto também não ajude muito...

só sei que sinto a necessidade de o dizer...

no entanto agradeço de facto as palavras tímidas que trocaste comigo quando me trazias no carro...

a questão é que no final de contas essas pequenas palavras dão-me esperança que renasça aquela velha amiga que com quem tanto partilhei... e por fim te digo o quão importante és para mim... "

isto são pensamentos sobre e para uma pessoa que marcou muito a minha vida... mas será mais ou menos justo dizer somente uma etapa, uma fase da minha vida??

enquanto me encontrava naquele ambiente escuro e barulhento me perguntava : porque é que as vezes digo que amigos contam-se pelos dedos das mãos? afinal quantos amigos tenho ao certo? será que eles estão sempre presentes?

apercebi-me então que não valeria a pena chamar amigos de há anos... se calhar basta dizer amigos do básico, amigos do secundário, amigos de uma fase mais difícil da tua vida, amigos da universidade, amigos do trabalho... no entanto vês que eles se misturam, se confundem por vezes e tu acabas mais tarde por não conseguires identifica-los... reconhece-los...

e ai entra a velha maxima..."as pessoas mudam" ... nao discordo ( mas isso entao só serviu para continuar no meu pensamento que vagueava naquele ambiente estranho e enfastiante... )

assim, se existe um prazo de validade na amizade então, hoje, já não podemos falar de amigos mas sim de conhecidos de uma determinada altura da tua vida...

mas isto significa ver o fim das alegrias e dos momentos partilhados, embora reconheça que a nossa amizade já só vive das recordações...

no entanto a minha sensibilidade e às vezes fraqueza anula por completo este longo pensamento e faz com que o meu espírito se agarre à esperança de que um dia consigas te sentir à vontade, sem constragimentos ao pé de mim...

aguardo por esse dia...

mudam-se as vontades

Após um fim-de-semana atribulado com um projecto da universidade, encontrava-me, ontem, prestes a "comemorar" o facto de finalmente termos acabado! Mas o meu grupo não estava nessa sintonia... desabafei o desejo de sair com o meu novo "amigo" (já que não bem como definir") ... e surge um convite...

lá saímos...! praia (o típico cliché para o primeiro encontro - e provavelmente o único -, talvez disfarçado pelo facto de estar mesmo bom tempo para lá ir) ... e se calhar nunca pensei que fosse tão estranho para mim... talvez por nervosismo ou simplesmente achar que algo não está muito bem...

sempre fui boa ouvinte, gosto que as pessoas partilhem a sua vida, mesmo as coisas com menos sentido... mas o facto de simplesmente perguntar algo a alguém e obter uma resposta e não obter uma pergunta de volta, este último sim é estranho...

que é feito da conquista?? aquela curiosidade de saber tudo sobre o outro, o encantamento com os temas mais absurdos que surgem espontaneamente...

embora eu tivesse coisas em comum com o moço, não entendi o porquê daquela espécie de "egoísmo disfarçado de mártir" ... mas lá fiquei.. ouvi tudo o que tinha para ouvir, poucas vezes falei mas mesmo assim não me impediu de avançar visto ele ter tido a iniciativa mas mesmo assim não dei mais espaço de manobra pois vai contra as minhas próprias regras...

chegando a casa, reparei que não chegava com um sorriso rasgado e estava totalmente no estado mais natural que poderia estar... estranho logo de mim tão sensível a tudo o que acontece...

a vontade não surge e pareço dormente... não sei o quero mas sei o que não quero - ser marioneta ou passatempo não se encontra nos meus planos neste momento..

Mas hoje consegui rir muito! e para mim já é um grande avanço...

e concluo, como diria Camões : "Mudam-se os tempos, Mudam-se as vontades!"

ordinary day...

cada vez mais ando stressada sem saber porquê...
ultimamente, coisas que deixava passar ao lado, têm o poder de me enervar ao ponto de me fazer trocar palavras por gestos bruscos e mudos!

posso não dizer na altura e provavelmente mais cedo ou mais tarde explodirei mas para já não estou com paciência para levar com as atitudes stressantes e egoístas de certas pessoas...

estou esgotada... agora que a minha saúde vai dando sinais de melhora, o meu psíquico e espírito vão mostrando sinais de fraqueza...

mas mesmo assim desejo ter as forças necessárias para ser uma pessoa vulgar, daquelas que consegue transparecer uma coisa que não é, fingir sentir mesmo sem nunca ter sentido...

quando de repente surgir um raio de energia eu vou tentar entrar nesse TEATRO que me rodeia...

estou procurando a vulgaridade para não sofrer...

sem forças...

Depois de uma semana em que me encontrava extremamente sensível e sentindo-me sozinha constantemente, chorando sem razão aparente (e acrescentando que estava doente), estava até que muito bem disposta ontem, Sábado dia 10 de Abril.

Acordei bem com a esperança de que o dia poderia-me correr melhor do que os anteriores. Iria finalmente dar a conhecer aos meus amigos dos Açores a feira tradicional da minha terra e está estava entusiasmada. Com esses dois amigos e um casal estava até bastante confortável e divertida. Jantámos na casa do namorado da minha amiga de longa data e já no final do jantar, enquanto nos riamos com uma comédia que estaria a dar na televisão, algo que mudou completamente o meu estado de espírito. Pela segunda vez na minha vida, e num espaço de menos de um ano, voltaram a dizer "está gorda, está pior que tu, M..." . Passei-me ao ponto de ficar mesmo vermelha. Um vermelho de raiva, mágoa e injustiça. Afectou-me sim, sem dúvida porque a minha auto-estima sempre teve os seus pontos fracos. Lágrimas queriam cair compulsivamente. Tentei controlar-me. Ficou um ambiente esquisito. Mal falei depois dessa cena.

Constantemente me perguntava: serão estas pessoas tuas amigas que usam o teu nome, o teu corpo como meio de comparação??
não deveriam estas pessoas olhar para elas mesmas, sendo que elas deverão pesar tanto ou mais que eu??
não deveria ter ignorado tal comentário, ficando fria e indiferente, tal como essas pessoas ficam indiferentes aos sentimentos das outras??
Deveria eu deixar de comer, emagrecer e depois lhes atirar a cara??

Escolhas... escolhi ser como sou e ficar afectada...
Nada me corre bem neste momento...
Sinto-me uma marioneta nas mãos das outras pessoas...
A pessoa que dá demais de si aos outros...

a minha vida está mal, do avesso... e EU NÃO TENHO FORÇAS para a revirar!

23:57 ... qual a tua escolha?... tique-taque

Poucos minutos faltam para a meia-noite... e estranhamente já estou em casa..a um sábado...
Hoje fui a um jantar de aniversário de um amigo, um amigo que não é daqueles que pede muita atenção... Uma coisa muito íntima, os mais chegados, numa pizzaria muito conhecida aqui da minha cidade... então, no meio de dois casais, estou eu e uma amiga, aquela que me tem acompanhado nos últimos anos... desde que me separei do meu último, e o único namorado (durante 3 anos e meio...) mas este também não é tema que interesse agora...

Previa que fosse um jantar calmo mas não tão calmo como foi... ou então talvez fosse pelo meu lugar na mesa, pois estava um bocado afastada... bem o que interessa é que fomos mas a minha amiga, desde ontem que tinha insistido que queria ver um concerto que havia hoje aqui numa feira característica da cidade... no entanto com a pressa que tinha de sair dali eu fiquei pensando... se fosse comigo ela também se queria ir embora do meu jantar de aniversário?? então ficou um mau ambiente... ela estuda fora e voltou esta semana por causa das férias da Páscoa... supostamente para estar com amigos que ela dizia sentir saudades... entendo que ela adorasse "Amália Hoje" mas pensei até que ponto...

Eu tenho uma "regra" que tenho tentado sempre cumprir, tal como gosto quando fazem comigo também... em relação a aniversários! Depois do jantar ou almoço, ou seja o que for, a ida para algum lado é da escolha do aniversariante... aliás nós, seres humanos, já banalizámos muito o conceito de aniversário visto que vivemos num mundo repleto de egocentrismos... em aniversários tento ao máximo seguir essa pessoa que supostamente deveria ter toda a atenção do mundo, pois também não é nenhum esforço para quem é nosso amigo... é o mínimo! E por amor de Deus é só um dia, umas horas, uns minutos... as vezes que eu não cumpro deve-se ao facto de não ter boleia para casa, o que realmente me condiciona em algumas escolhas...

Escolhas... algo tão pessoal mas que simultaneamente muda muitos mundos...

Eu poderia escolher apanhar um táxi, eu poderia escolher ficar na rua, eu poderia escolher esquecer a minha "regra", eu poderia dizer não ao convite do aniversário... cada uma destas hipóteses teria um certo impacto em algumas pessoas e em alguns acontecimentos e até mesmo sentimentos futuros... então escolho um meio-termo, mas nesse meio termo tento sempre focar a minha atenção à pessoa porque realmente fazer anos é a oportunidade chave de recompensar essa pessoa de qualquer distracção da tua parte com ela...

Pergunto-me, então, a minha amiga não poderia ter escolhido esquecer esse concerto, não poderia ter escolhido não ir ao jantar e ir simplesmente ao concerto... em vez de ter escolhido estar com pressa para sair dali, escolhendo reclamar com tudo o que a rodeava... escolhido estar calada quando estávamos sozinhas... (que sinceramente foi um momento muito estranho..)
Aconselharia-a a escolher não ter dito o que disse... mas a vida é mesmo assim, não podes escolher pelos outros porque isso fazer-ia deles pessoas que não são... e talvez eles também não se preocupam com o que escolhes...

Escolhi vir para casa...
Escolhi vir aqui e desabafar...
Embora hoje tivesse mais calada... escolhi este mundo à parte...

Dedico isto a todos aqueles que andam muito irritados como a minha amiga
Aqueles que andam simplesmente a observar o que os rodeia...
Aqueles que fazem anos e que queriam, embora não admitindo publicamente, ter um pouco mais de atenção no SEU DIA...

(e também aqueles que um dia possam a vir a ler isto e até se identificarem...)

p.s - ela acabou por não ir pois já era tarde, fomos a um café com os do jantar... eu iria com ela então para um bar com outro pessoal mas afinal ela deixaria primeiro o carro em casa (pois teríamos outra boleia), que por acaso fica em caminho da minha, então preferi ficar já em casa... e pronto aqui estou eu...

surround me... with your "love"

Acordei...com sono, o normal...aliás esta semana nem tenho tido tempo nem para dormir, nem para sonhar...

Nestes últimos tempos aqueles que eu considerava o meu alicerce nesta minha "nova vida" simplesmente resolveram agora sair barbaramente da cena ou simplesmente desiludirem-me ou atacarem-me e não tentarem entender-me, e insistir nessa não compreensão do meu ponto de vista...: o melhor amigo daqui, aquela que lhe diz não mas comporta-se como um sim, os 2 camaradas inseparáveis e aquela que me confidenciava "sentimentos"...
Todos eles diferentes e com características distintas mas o que têm em comum?
A capacidade de não se preocuparem em pequenos pormenores... sim, esses que são os que mais me afectam... os pequenos pormenores que se vão juntando e vão causando grandes estragos em mim, que sinto demasiado as coisas... como uma boneca de trapos que se molda ao sítio onde a colocam e fica no seu canto admirando o que a rodeia...

São pequenas coisas como "Não olhar para trás para saber da M...", o "Não vamos falar sobre o que te magoa mas sim só dizeres o que é e tocarmos levemente no assunto e esquecer..." ou então aquelas piadas parvas que só servem para pôr em baixo a auto-estima de uma mulher...
Nitidamente vê-se quem continua a ir contra a maré, quem ainda não aderiu ao grupo "Vamos deixar a M... sozinha!" e quem já mostra sinais de abandono do barco...

Mas se esses desistentes estão a espera que eu lance uma tábua de salvação enganam-se, porque simplesmente nem eu me consigo salvar a mim própria!

Aliás também denoto neste grupo aquela rotina incoerente, que tanto me enerva, aquela em que se diz uma coisa e se faz outra, que se diz "desculpa" mas sem terem a noçao de que isso depreende uma mudança daquilo em que errámos...
Assim, ando eu por aqui a curar e a abrir feridas constantemente e claro que nada muda...
Posso estar a exagerar, posso estar a abusar mas este abuso se faz mal, faz mal só a mim, coisa que vocês sabem como se faz...

Quando alguém fica para trás eu procuro, eu espero, eu ligo, eu PREOCUPO-ME!.. Pior aqueles que fingem não ver, não "me", quem não me conhece e nem se esforçam para isso... e se calhar é melhor ser assim, pensar que não me conhecem para que não roubem a minha essencia...

Damos expectativas elevadas a pessoas que se calhar nem querem estar nossa lista de amigos... mas, feita estupida, eu insisto em algo que não vale a pena, a QUEM NÃO MERECE!

Sempre fui assim e, por isso, só eu sofro... Bem que eu tinha razão em querer tornar-me fria este ano 2010!

Tentei, mesmo a sofrer, mas a minha essencia sobressaiu...

Mas penso agora neste mesmo objectivo pessoal...
mudar de face
mudar de atitude
mudar de expressoes
mudar de preocupaçoes
mudar de prioridades
mudar de vivencias
talvez mudar de "amigos"
mudar de número
mudar de mundo
mudar de SER...
mudar...

...simplesmente...

a novidade

olá mundo aí fora

isto tudo para mim é novidade! não digo isto de informática mas sim isto da partilha de assuntos que só fazem sentido para quem escreve ou para quem se preocupa em tentar perceber!
eu nunca fui de dizer o que se passa comigo, eu sou daquelas pessoas a quem perguntam "o que tens?" e que responde "nada"... as vezes que forem necessário! mas que às vezes explode, isto não quer dizer que seja de raiva, e deita tudo cá para fora, o que pode assustar um pouco, até a mim mesma...

Sou daquelas pessoas que não gosta de usar pontos finais e quando os usa têm sempre um significado... abuso dos pontos de exclamação porque na minha mente tudo o que digo soa sempre com muito mais ênfase do que parece quando escrito... Aliás esta forma de escrever nem tem muito a ver comigo, sou daquelas pessoas, que muita gente odeia, que escreve com "x" a toda a hora.. que fazer? era da minha geração... não é que seja muito nova mas também não sou muito velha...quer dizer, isso depende como me sinto em determinadas circunstâncias..

sou daquelas pessoas que na maioria das vezes cansa-se de ouvir muita gente a começar frases com "Eu..." e que acaba respondendo "Tu..."... Egocentrismos nunca funcionaram bem comigo e, embora possa parecer contraditório, este texto é só uma introdução à minha essência... pois normalmente sou daquelas pessoas que procura assuntos comuns para não haver constrangimentos e tenta "unir" as pessoas...
ah só acrescentar sou daquelas pessoas que odeia injustiça e falsidade! coisas que mexem muito com o meu sistema nervoso... que, por acaso, ultimamente não tem estado no seu melhor...

Optei por começar com este blogue hoje porque hoje sinto-me demasiado sozinha e, seguindo os passos de uma amiga, aderi para me ajudar a tirar algum peso dos ombros, mesmo que não haja ninguém a ler as palavras perdidas que para aqui deposito..

alguns dos textos que colocarei já terão sido escrito antes, numa folha de papel, de um caderno em cima de alguma secretaria de algum auditório de alguma universidade...
Não procuro escrever bem mas sim escrever sinceramente... manter-me fiel ao que sinto e não palavras e frases bonitas!

(ainda falta muito mais coisas sobre mim mas isso com o tempo tudo se resolve...)

ate já mundo aí de fora!

xoxo (um bocadinho de gossip girl...) xD