quinta-feira, 1 de julho de 2010

a espera

" hoje senti-me uma estranha ao pé de ti, tentava puxar por ti mas simplesmente não davas continuidade à conversa, mesmo quando te chamei para junto de mim... talvez o teu cansaço tenha ajudado tal como o barulho que estava mas mesmo assim quando ficou um vazio entre nós, ficaste no teu lugar, naquela distância não só física como emocional

não sei porque é que me importei com isto hoje, na maioria dos outros dias não tem sido muito diferente... não é novidade nem para mim nem para ti...

talvez esteja demasiado sensível, talvez disser-te isto também não ajude muito...

só sei que sinto a necessidade de o dizer...

no entanto agradeço de facto as palavras tímidas que trocaste comigo quando me trazias no carro...

a questão é que no final de contas essas pequenas palavras dão-me esperança que renasça aquela velha amiga que com quem tanto partilhei... e por fim te digo o quão importante és para mim... "

isto são pensamentos sobre e para uma pessoa que marcou muito a minha vida... mas será mais ou menos justo dizer somente uma etapa, uma fase da minha vida??

enquanto me encontrava naquele ambiente escuro e barulhento me perguntava : porque é que as vezes digo que amigos contam-se pelos dedos das mãos? afinal quantos amigos tenho ao certo? será que eles estão sempre presentes?

apercebi-me então que não valeria a pena chamar amigos de há anos... se calhar basta dizer amigos do básico, amigos do secundário, amigos de uma fase mais difícil da tua vida, amigos da universidade, amigos do trabalho... no entanto vês que eles se misturam, se confundem por vezes e tu acabas mais tarde por não conseguires identifica-los... reconhece-los...

e ai entra a velha maxima..."as pessoas mudam" ... nao discordo ( mas isso entao só serviu para continuar no meu pensamento que vagueava naquele ambiente estranho e enfastiante... )

assim, se existe um prazo de validade na amizade então, hoje, já não podemos falar de amigos mas sim de conhecidos de uma determinada altura da tua vida...

mas isto significa ver o fim das alegrias e dos momentos partilhados, embora reconheça que a nossa amizade já só vive das recordações...

no entanto a minha sensibilidade e às vezes fraqueza anula por completo este longo pensamento e faz com que o meu espírito se agarre à esperança de que um dia consigas te sentir à vontade, sem constragimentos ao pé de mim...

aguardo por esse dia...

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